Alimentação do homem branco e as suas doenças: uma ameça aos Índios

Os índios brasileiros estão cada dia mais ameaçados, se não fosse só pelas tomadas de suas terras pelo homem branco, agora também a alimentação deles cada vez mais presente na mesa indígena, sem falar nas doenças transmitidas põe nós, brancos. O organismo do índio, é fraco para a maioria de nossas doenças.
No quesito alimentação, a introdução do óleo de cozinha, açúcar e sal está fazendo com que os indígenas brasileiros ganhem sobrepeso, tenham problemas como pressão alta e colesterol elevado. A maioria deles adota a moto, canoas a motor e isso faz com que deixem de exibir a bela forma física que eles possuíam. Tornam-se sedentários.
As doenças urbanas é outro fator de risco para as populações indígenas. São problemas típicos de grandes cidades como infarto e diabetes, associado a ingestão de alimentos industrializados e a inatividade física.
Mas entre as etnias yawalapiti, mehináku e wakurá, todas do Alto Xingu, além de xavantes e parkatêjês - do Brasil Central -, foi provado que doenças "modernas" estão se acumulando às doenças infecciosas, parasitárias e á diarréia. No entanto, hoje os índios correm riscos do coração e da circulação, e foram registrados os primeiros casos de excesso de gordura e açúcar dissolvido no sangue - pré-indicador para diabetes.
Na década de 80, os índios do Xingu foram um dos quatro povos, de um total de 52, de 32 países, a registrar baixa pressão arterial por toda a vida e praticamente não tem hipertensão, segundo o estudo Intersalt. Mas já perderam ao menos parte dessa vantagem.




ALGUNS DADOS DA PESQUISA:

51,8% dos índios do tronco linguístico aruak estão com sobrepeso e 15% tem obesidade, um índice elevado.

A alimentação tradicional do índio é baseada em peixes assados ou cozidos, mandioca em forma de beiju, milho, amendoim, banana, cana e mel. O sal pobre em potássio, é tirado das cinzas de uma planta aquática chamada aguapé.
Entre todas as etnias e idades, no Xingu, os homens mostram condições piores que as mulheres. Para os pesquisadores isso pode ser consequência da adoção do barco a motor, que substituiu o remo em longas viagens de pesca, além da adoção do machado de metal.
O trabalho das mulheres, mais relacionado ao preparo de alimentos, não sofreu grandes alterações nos últimos anos. Elas também dividem com os homens a produção artesanal de redes, cestos, pás e bancos de madeira.


FONTE: Revista Scientific American Brasil / Junho de 2008

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